quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Michel Leme – 9



Continuamente inovando na forma de praticar música, improvisar e gravar, juntando tudo isso como uma forma de expressão singular, Michel Leme vem com um novo disco, revigorando a música instrumental novamente.

Algumas faixas de seu cd intitulado “9” estão no vídeo abaixo:


Segundo Michel, o nome do disco é por ser seu nono lançamento oficial. Mas as sincronicidades da vida apontam para outros significados também. Segundo ele ainda, na numerologia, dizem que este é o número da inspiração. Caiu como uma luva.


A produção do cd está impecável. Qualidade pra nos surpreender, pois foi gravado numa tarde, sendo metade do disco no primeiro take e a outra no segundo. Com um reverb totalmente natural, Michel diz que foi muito bom gravar numa sala tão grande e viva como esta. Aliás, o som da bateria é algo que se destaca diante de recursos simplificados. Ficou incrível. 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Grooves cinematográficos



A bateria está com todo prestígio atualmente: Dois grandes filmes presentes nas indicações de melhor filme para o Oscar 2015 contaram com a bateria no plano principal ou secundário das cenas e trilhas sonoras.

No filme Whiplash: Em Busca da Perfeição, o personagem principal é um baterista que sonha em ser o melhor e marcar o seu nome na música, tal como Buddy Rich e outros grandes do instrumento. Ele é aluno de um sádico professor, que acredita em velhas preconcepções e chavões que aparecem literalmente ou subliminarmente no filme, como: "Baterista não é músico", ou quando no filme o professor justifica suas ações dizendo que Charlie Parker só se tornou quem ele era, pois levou uma "pratada" na cabeça, e que aquele era um método efetivo para se buscar um verdadeiro talento, puxando-o até o extremo limite.

Independente disso e por isso também, o filme é uma pérola para os músicos e não músicos. Mostrou como poucos a grande beleza e dificuldade que é tocar esse instrumento único.

Para corroborar isso que estou dizendo, muitos dos grandes bateristas em atividade vem falando sobre o filme, como Mike Portnoy​, ex-baterista do Dream Theater, que postou em sua página do facebook: "Watched ‪#‎Whiplash‬ again for the 2nd time, blown away again! Best drumming film EVER made! Watch this -->
 https://www.youtube.com/watch?v=dF3NAlZuYmI&feature=youtu.be
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Além de "Whiplash", Birdman, também concorrente ao Oscar de melhor filme, se destaca pela trilha sonora realizada pelo grande baterista Antonio Sánchez, que ficou de fora da lista de pré-indicados ao Oscar 2015 para Trilha Sonora.
Durante a película, um som de bateria permeia as cenas, sendo um dos principais diferenciais do filme.
O diretor Alejandro Iñárritu diz que acha que houve preconceito contra o trabalho prioritariamente percussivo de Sanchez:

"A bateria é, para mim, a batida do coração dos atores. Eu acho que a bateria é um instrumento que não foi muito explorado no cinema. Acho ela tão eficiente quanto a guitarra ou o piano", avaliou o diretor. O cineasta não poupou críticas ao parecer da Academia sobre o assunto. "É uma decisão injusta. É óbvio que a trilha sonora de Antonio representa mais 50% das músicas usadas no filme [um dos critérios para ser elegível]. Isso é um fato. Eu sei que há muito preconceito quando se debate se a bateria tem ou não melodia. Este cara [Antonio Sanchez] estudou música por sete anos em Berklee [uma das melhores, senão a melhor, faculdade de música do mundo]. Ele é um baterista profissional há 30 anos", defendeu Iñárritu. "O filme não seria o mesmo sem a bateria de Antonio. Não considerar isso é dizer 'a bateria não é importante, nós não consideramos isso uma composição musical'. Se eles realmente desclassificarem a trilha sonora será um grande erro. Será escandaloso", afirmou o diretor. (Ouça parte da trilha sonora do filme abaixo)