
Aproveitem a segunda parte da entrevista com Christiano Rocha, recheada de boas informações e leque aberto de influências…
-- Qual o set que você usou? Quais pratos, caixa… Como foi a escolha da caixa e do respectivo som para o disco?
Quanto a escolher o “som para o disco”, fui mostrando algumas referências (discos, no caso) para os produtores Cláudio Machado e Adonias Júnior (este último mixou e masterizou o CD), coisa que aprendi com meu amigo Zezo Ribeiro quando trabalhávamos em seu CD Flamencando , que considero um disco belíssimo e atemporal. Na verdade, a equação é simples: captação não funciona para arrumar problema de timbragem – seja devido a “mão” do cara que tocou (ou “não” tocou) ou ao instrumento utilizado; mixagem não é para arrumar problema de captação; masterização não é para arrumar problema de mixagem. Moral da história: se você tirar som do instrumento, o instrumento for bom (bem afinado, com peles novas, sem parafuso solto etc.), a captação for boa (sala, mics e prés de qualidade) a mix e a masterização forem feitas com uma pessoa de confiança, não tem como o disco soar mal. Claro que também entra a parte conceitual e artística, mas aí é outra história.
-- Quais as influências mais marcantes que você e os músicos que gravaram o disco tiveram e projetaram para o mesmo? Foi algo antes de tudo pensado, ou muita coisa surgiu durante as gravações? Quem gravou com você as faixas?
O CD contou com a participação de quarenta músicos. Além dos nomes que citei, também participam: Cláudio Machado (costumo dizer que o disco é mais dele do que meu); Adonias Júnior; Adriana Godoy; André Olzon; Celio Barros; Djalma Lima; Edu Ardanuy; Eduardo Queiroz; Eugénia Melo e Castro; Evandro Gracelli; Fábio Augusto; Fábio Luchs; Fábio Santini; Fábio Zaganin; Graça Cunha; Gustavo Martins; José Roberto Gaia (que também assina quatro faixas do disco); Luciano Khatib; Marcelo Pizarro; Márcio Forte; Marcos Romera; Markinhos Tessari; Newton Carneiro; Rubinho Ribeiro; Vitor Alcântara; Walmir Gil e Wanderson Bersani.
-- Como foi misturar as tendências de música progressiva com os ritmos brasileiros? Que outras tendências e influências aparecem no álbum, no seu modo de ver? Algo de música oriental, talvez?
Quanto a estilos, Ritmismo mistura bastantes elementos, inclusive a música ocidental com a oriental. Essa fusão aconteceu naturalmente, mesmo porque não sou especialista em nada. Apenas adoro música e tenho a sorte de ser chamado para tocar diferentes estilos de música. Também sinto uma enorme necessidade de produzir, que nem sempre é a mesma coisa que trabalhar (afinal, nem todo trabalho, mesmo na música, é produtivo). Acho que o disco reflete tudo isso. Outro estímulo que tive para fazer o disco foi a curiosidade e a constante busca pelo conhecimento, afinal o aprendizado nunca para. Ninguém sabe tudo a ponto de não ter nada a aprender e não sabe nada a ponto de não ter nada a ensinar. Realizar esse projeto foi um grande aprendizado, inclusive no âmbito pessoal. Independente de fusões, buscas e afins, meu objetivo maior é que a música emocione, toque na alma, por isso fiz um disco que eu gostaria de ouvir. Cheguei perto, pois das quatorze faixas, “pulo” apenas três!
-- Qual foi o ritmo que te instigou a começar a tocar e fazer música?
http://www.youtube.com/watch?v=WHzlKZVjEhA - Christiano Rocha com Corciolli - Dvd
http://www.youtube.com/watch?v=7Zdsilu0sJ8 - Adriana Godoy e Christiano Rocha - Vento Bravo
http://www.youtube.com/watch?v=aMz9DvrvpTg&feature=related - Christiano Rocha Quarteto - "Armando's Rhumba